segunda-feira, 25 de maio de 2009

os meus 3....

Fotografia, Improvisação e Arquitectura, os meus Três, todos nós nascemos com alguma coisa.
Com o tempo vamos aperfeiçoando, alterando, apredendo ou até mesmo esquecendo.
Uns perdem-nos mais cedo que outros, perdem-nos todos ou apenas um ou dois, eu tenho os Três, adoro a fotografia, a capacidade de gravarmos aquele registo para sempre. Aquela memória que permanece inalterável ao longo dos tempos.
A improvisação foi descoberta por acaso, fazia parte do grupo de teatro universitário e certo dia a modos que forçado a participar com um grupo de barbas num concurso de improvisação, apanhei o bicho da improvisação, comecei e por uns tempos não parei, adoro ser desafiado no momento, a adrenalina do momento, acredito que vivo sob o impulso.
Entretanto, o momento pregou-me uma partida e a vida colocou-me noutro rumo.
A arquitectura apareceu na altura das não certezas, quem sabe quem quer ser aos 17 ???, eu não, só sabia aos 10 anos que desejava ser reformado, achava a profissão mais sábia de todas, estar sempre sem nada para fazer, a capacidade de andar por ali sem horários ou regras.
A arquitectura, a arquitectura foi-se tornando uma paixão, inicialmente foi complicado a inclusão de tantas regras no espírito criativo, o tempo entre o desenho e a conclusão formal, é muito longo, nós mudamos no meio do processo, crescemos, mudamos de sexo, casamos, divorciamo-nos, separamo-nos, amamos, choramos, muito se passa e as pessoas mudam, “alteram-se os tempos alteram-se as vontades”, é costumo que quando se conclui um projecto, já não o teria pensado do mesmo modo, portanto o final fica sempre sem o final desejado, ou pretendido, pois muito tempo passou, mas são aprendizagens.
Pormenores, Pormenores, pormenores… assim sou eu, ligo muito ao detalhe, quer pela fotografia, que o melhor da imagem está sempre no detalhe naquele ponto.
As pessoas como se mexem, como falam, se têm um tique, absorvo tudo, porque pode estar aí, a criação de um novo eu… de uma nova personagem.
O detalhe do pormenor construtivo pode salvar ou dar cabo de um projecto.
Não suporto as falas a 3 tempos das maioria das séries portugueses, só falta dizerem “Ponto” no final de cada fala, sim porque o braço ou a mão a sacudir a acompanhar a fala é muito importante para manter a conversação, seguir a pauta.
Sou, como sou e tu quem és???


beijos popinhas